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   Sempre gostei de academia, do clima nesse espaço, das músicas, da sensação de bem-estar depois do treino. Ia para a academia cinco vezes por semana. Fazia musculação, aulas de alongamento, de abdominal, de glúteo e outras atividades que me despertavam interesse. Nunca fazia uma corridinha, não subia na esteira nem para uma caminhada. O meu aquecimento era feito na bicicleta ergométrica ou no transport. 

 

   Em 2003, nasceu minha filha Isabella. Durante a gravidez, tive vários momentos de repouso e precisei parar totalmente as atividades físicas. Depois que a licença maternidade acabou, voltei ao trabalho e me matriculei em uma academia próxima só para fazer musculação, já que não tinha mais tempo de ficar fazendo tantas aulas. Meu peso já tinha voltado ao normal, mas não minha forma física.

 

   Em 2006, nasceu o Lucas. E, com um casal de filhos, foi bem difícil voltar à academia. Só que agora meu peso não tinha retornado ao ideal. Comecei aulas com uma personal trainer. Ela me acompanhava nos treinos de musculação e me passava treino de corrida para iniciante. Eu tinha que treinar durante 30 minutos, intercalando 2 minutos de corrida com 3 minutos de caminhada. Esses 2 minutos eram exaustivos pra mim. Acabei desistindo.

 

   Em 2009, decidi que tinha que voltar ao meu peso ideal e precisava começar a correr. Comprei um livrinho, desses que se compra em banca de jornal. E comecei a seguir os treinos do livro. Bem disciplinada, mas sem o menor estímulo. Eu só seguia as planilhas do livro e não sabia se o que eu estava fazendo era certo ou não.

 

   Depois de alguns meses, participei de uma prova de 5 km. De acordo com o livro, a partir daquele momento eu poderia me inscrever numa prova dessas. Acabei a prova, um percurso bem plano, totalmente sem fôlego. Passei a tarde inteira me sentindo cansada e com a vista escura. Achei que corrida não era para mim.

 

   Foi aí que o meu marido, aluno da Personal Life, há mais ou menos cinco anos, sugeriu que eu conversasse com os técnicos dele. Disse que era um pessoal bem bacana e que não passavam apenas treinos, davam uma assessoria legal, tiravam dúvidas e os resultados eram sentidos a cada treino.

 

   Em janeiro de 2010, lá fui eu no escritório da Personal Life. Cheguei falando que queria emagrecer e só queria correr no máximo uma hora no treino. Eles me avisaram que no começo daria para eu fazer os treinos em até uma hora, mas depois que aumentassem o volume, teria que fazer um pouquinho mais. Eu topei!

 

   Comecei com treinos tranquilos, intercalando corridas e caminhadas. Eu fazia sozinha os treinos de 2a e 4a feiras por causa dos meus horários com as crianças. Seguia a planilha e passava meus relatórios para o pessoal da Personal Life.

 

   Sempre queriam saber como foram os treinos, a intensidade, como eu me sentia depois de terminar. As preocupações eram constantes em relação a alongamento, dores e descanso. E a máxima era “termine o treino podendo fazer mais”. Em resposta aos meus relatórios, sempre tinham frases positivas, elogios e palavras encorajadoras. Nunca me senti treinando sozinha ou como se eu fosse mais uma aluna entre tantos.

 

   Aos sábados ia para a USP fazer o meu treino “longo”, que eram 5 ou 6 km, intercalando corrida e caminhada. A minha ansiedade em só correr era grande. No início achava que não passaria dos 6 km. Mas quando percebi, já estava correndo 8 km seguidos, sem caminhada e sem sofrimento.

 

   Eu me inscrevi numa prova de 6 km, só para acompanhar meu marido que faria a Meia Maratona. Achei o máximo! Fui melhor nessa prova do que naquela de 5 km que já comentei aqui. O retorno da Personal Life foi melhor do que eu merecia. Fui parabenizada mesmo eles tendo alunos que fizeram a Meia Maratona.

 

   Esse incentivo constante e a preocupação em ver resultados progressivos me fizeram acreditar que eu chegaria nos 10 km. No mês seguinte, me inscrevi em uma prova de 10 km. Era um percurso com sobe e desce de ponte, na ida e na volta. A prova terminava com uma subida. Mas cheguei lá! Correndo 10 km sem caminhadas. E, com fôlego, corri mais de 1 hora.

 

   Tive uma evolução gradual e sempre progressiva. Agora, em 2011, o prazer da academia mudou de endereço. Gosto do clima, das músicas, da sensação de bem-estar depois de uma prova de 10 km.

 

Érica Portiolli Sanches

EVOLUÇÃO  RECONHECIDA

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